Polícia prende suspeito de chefiar grupo que assaltou e torturou casal de policiais em Igarapé

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Divulgação/PCMG

Após quase dois anos de investigações para determinar o paradeiro do foragido, a equipe da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), localizou o suspeito em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Na ocasião do crime, suspeitos armados invadiram a residência do casal, torturaram os militares e tentaram executar ambos com tiros na cabeça, após os identificarem como policiais. As vítimas sobreviveram ao atentado, mas ficaram com sequelas graves. O homem perdeu a visão em um dos olhos, e a mulher teve grande perda de massa encefálica.
Prisões

No mesmo dia do crime, a Polícia Militar prendeu três envolvidos no assalto e um quarto suspeito morreu durante confronto armado com os militares. As investigações da PCMG concluíram a participação direta dos quatro indivíduos no latrocínio, enquanto um quinto investigado, que permaneceu foragido até então, seria o responsável por liderar o grupo e emprestar a arma do crime, um revólver calibre 38.

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O delegado Thiago Machado, chefe de Divisão no Deoesp, explicou que a organização criminosa, que controlava o tráfico de drogas no bairro Novo Riacho, em Contagem, cometeu uma série de crimes patrimoniais na Região Metropolitana como forma de angariar recursos para financiar as atividades ilícitas. “Esse último indivíduo preso, por exemplo, acumula uma vasta ficha policial em crimes patrimoniais, e é investigado por homicídios também. Trata-se de um suspeito de alta periculosidade”, afirmou.

Ainda segundo Machado, mesmo que as vítimas tenham sobrevivido, o suspeito pode ser indiciado por latrocínio, a depender da apreciação da Justiça e do Ministério Público. “Os outros três indiciados, por exemplo, já foram condenados pela Justiça e cumprem penas que variam de 30 a 50 anos”, revelou.

O foragido foi preso no bairro Benfica, em Juiz de Fora, com apoio de policiais civis da Delegacia Regional da cidade. A PCMG apurou que ele se escondia de rivais na casa de uma tia, enquanto trabalhava em um lava-jato, onde foi detido sem oferecer resistência.
O investigado teve o mandado de prisão temporária cumprido e negou participação no crime. A PCMG deve concluir o inquérito nos próximos dias, com pedido de indiciamento.