Mineradora Morro do Ipê inicia descaracterização da Barragem B2 Mina Tico-Tico, em Igarapé

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Sidnei Eustáquio / Arquivo

A Mineração Morro do Ipê, responsável pela gestão das minas Ipê e Tico-Tico, iniciou no final de junho as obras de descaracterização da barragem B2 Tico-Tico, localizada no município de Igarapé.

A descaracterização é o processo de alteração da estrutura para que não seja mais uma barragem de mineração, assegurando a eliminação de quaisquer riscos ao meio ambiente e à segurança das pessoas. A iniciativa está em conformidade com a Lei n° 23.291, de 25 de fevereiro de 2019, que institui a política estadual de segurança de barragens, a qual obriga o empreendedor a promover a descaracterização das barragens de contenção de rejeitos ou resíduos, construída no método à montante. Vale destacar que a Morro do Ipê possui três barragens desativadas, nenhuma apresenta nível de risco, segundo a empresa.

O processo de descaracterização ocorre em 4 fases. O primeiro passo é a avaliação geotécnica, que envolve a identificação do estado atual da barragem e elaboração de um plano detalhado com todas as ações necessárias para a remoção. Esse plano deve ser enviado para avaliação pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e pela Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM). Em seguida, iniciam-se as obras efetivamente, com a remoção e o esvaziamento do reservatório, a extração dos rejeitos, a estabilização das ombreiras e a retirada de qualquer outro material. Cada etapa da remoção é seguida pela recuperação ambiental da área afetada, incluindo a restauração da vegetação original da região e a estabilização do solo. Após a conclusão da remoção, o local é monitorado por um período de um ano para garantir uma recuperação segura e eficiente. Durante todo o processo, a empresa conta com o monitoramento diário de técnicos especializados, que acompanham a descaracterização pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Esse acompanhamento é viabilizado por meio dos quatro sismógrafos instalados na estrutura, que registram qualquer movimento do solo. 

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“Este projeto vai além do cumprimento de nossas obrigações legais, ele reflete nosso compromisso com a segurança das comunidades e a preservação do meio ambiente. Estamos transformando uma estrutura antes associada a riscos em uma oportunidade para recuperar e reabilitar a região. Este também é um grande passo para a Ipê”, afirma Cristiano Parreiras, Diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade.

Hoje, a barragem B2 Tico-Tico não apresenta nenhum nível de risco e está na fase de remoção, com estimativa de conclusão da descaracterização em três anos, sendo removida até 2026 e monitorada até 2027, um ano após a conclusão da remoção. Até o momento, mais de 200 mil toneladas de rejeitos de mineração já foram retiradas.

Para garantir transparência no andamento da descaracterização da barragem junto às comunidades, a empresa implementou um reporte mensal, divulgado em grupos de WhatsApp com as comunidades de Igarapé e São Joaquim de Bicas. A empresa também disponibiliza um site dedicado às informações sobre o Plano de Ação de Emergência para Barragens (PAEBM) e suas barragens. Para saber mais, acesse: https://barragemipemineracao.com.br/