Governo de Minas destaca sucesso de Igarapé no uso de drones para o combate à dengue

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Rafael Mendes

O Governo de Minas Gerais tem implementado uma estratégia inovadora para combater a dengue, zika e chikungunya: o uso de drones para mapear e tratar locais com acúmulo de água parada, possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. A iniciativa, batizada de Vigidrones, foi criada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e está sendo implantada de forma gradual nas 28 Unidades Regionais de Saúde do estado.

Os drones permitem identificar áreas de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas, e possibilitam a aplicação precisa de larvicidas, otimizando o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE). Segundo Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, os primeiros resultados são promissores. “Observamos uma significativa eliminação de focos de água parada e do vetor nos municípios que iniciaram o mapeamento. Minas está liderando o uso de recursos avançados para prevenir epidemias de dengue e gerenciar emergências de saúde pública”, afirma.

O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, destacou o pioneirismo do estado. “Com a Vigidrones, estamos avançando de forma inédita no enfrentamento ao Aedes aegypti. Minas Gerais, mais uma vez, inova no uso da tecnologia para cuidar da saúde dos mineiros. Esse é o compromisso do nosso governo: cuidar das pessoas com soluções modernas e eficientes”, enfatizou.

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Igarapé como exemplo de sucesso

Rafael Mendes

Em Igarapé, a ação, coordenada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (Icismep), inspecionou 206 hectares e identificou 562 possíveis criadouros, incluindo 40 caixas d’água destampadas.

“Com o mapeamento, nossa ação com os ACE foi mais direcionada e eficaz. No período de um ano, registramos uma redução de 96% dos casos nas áreas mapeadas”, explica Giovanni Barbosa, diretor do Departamento de Zoonoses de Igarapé.

O prefeito Arnaldo Chaves reforçou a relevância da tecnologia. “Essa iniciativa mostrou resultados significativos e trará benefícios duradouros no combate ao mosquito da dengue. Com ferramentas adequadas, continuaremos avançando nesse enfrentamento”, disse.

Eduarda Portela, coordenadora do Departamento Saúde Única do Icismep, destacou o acompanhamento em todas as etapas do processo. “Entre julho e dezembro, monitoramos o mapeamento de 69 municípios, participando da elaboração dos planos de trabalho, capacitações e avaliações dos resultados”, detalhou.

Capacitação e monitoramento

Os dados coletados pelos drones são armazenados em um sistema georreferenciado, permitindo a criação de mapas de calor que identificam áreas críticas. A SES-MG também promove capacitações para os agentes e planeja lançar um painel de monitoramento que permitirá o acompanhamento detalhado dos resultados.

Com o Vigidrones, Minas Gerais reforça seu compromisso em utilizar tecnologia de ponta para proteger a saúde da população, consolidando-se como um modelo de eficiência no enfrentamento das arboviroses em todo o país.

Investimentos e resultados

O governo estadual destinou R$ 30 milhões para a contratação e execução do geomonitoramento por drones. Nos municípios com menos de 30 mil habitantes, os recursos foram repassados aos Consórcios Intermunicipais de Saúde, que gerenciam o serviço. Em 2024, o programa atendeu 394 cidades, mapeou 45 mil hectares e identificou mais de 100 mil possíveis criadouros do mosquito.

Estima-se que entre 20% e 25% dos focos não são detectados pelos agentes de endemias, reforçando a importância do uso da tecnologia.

*Com informações de Agência Minas