O Governo de Minas anunciou nesta segunda-feira (9) a ampliação do número de doenças triadas pelo Programa de Triagem Neonatal (PTN-MG), conhecido como teste do pezinho. A partir de janeiro de 2025, o exame passará a identificar 60 doenças raras, metabólicas, genéticas e infecciosas, consolidando Minas Gerais como o primeiro estado brasileiro a implementar integralmente o que prevê a Lei Federal nº 14.154.
O anúncio foi feito em evento na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, com a presença do governador Romeu Zema e do vice-governador Professor Mateus. Na ocasião, também foi anunciado um investimento anual de R$ 64,2 milhões para custear os exames, diagnósticos e tratamentos. “Estamos vivendo um momento de grande orgulho para Minas Gerais, que se torna pioneira ao oferecer o teste do pezinho completo. Diversas vidas já foram salvas e muitas sequelas evitadas graças a essa iniciativa”, ressaltou o governador Zema.
O exame, realizado gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todos os 853 municípios mineiros, utiliza uma pequena amostra de sangue coletada do calcanhar do recém-nascido. Após a análise feita pelo Nupad, da Faculdade de Medicina da UFMG, eventuais alterações são comunicadas ao município do paciente, agilizando a confirmação do diagnóstico e o início do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Impacto transformador na saúde infantil
A ampliação das doenças triadas aumenta significativamente as chances de diagnóstico precoce, fundamental para oferecer tratamentos que amenizem sintomas, evitem sequelas graves e proporcionem mais qualidade de vida às crianças diagnosticadas. Segundo o vice-governador Professor Mateus, “o impacto dessa ação será imensurável. Estamos salvando vidas e dando a milhares de crianças a oportunidade de crescerem saudáveis.”
O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, destacou a criação de uma rede integrada para atender os pacientes diagnosticados. “Hospitais como o João Paulo II e o Júlia Kubitschek estão sendo mobilizados para garantir atendimento rápido e especializado”, explicou.
Evolução histórica do programa
Até 2021, o teste triava apenas seis doenças em Minas Gerais. Com o início da ampliação gradual em 2022, o número subiu para 23, incluindo condições graves como atrofia muscular espinhal (AME) e imunodeficiência combinada severa (SCID). Agora, com a fase 3 do programa, mais 37 doenças serão incluídas, alcançando o marco de 60 doenças triadas.