Betim tem 2.380 casos de Dengue e prefeitura reforça ações de combate ao mosquito

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Força-tarefa tem ampliado as ações preventivas e o número de profissionais para atender a população

A Prefeitura de Betim está intensificando as ações de prevenção contra a dengue e reforçando o atendimento para a assistência aos pacientes. Uma dessas iniciativas é a criação do Comitê de Enfrentamento contra a Dengue, composto por representantes das secretarias municipais de Saúde, Educação, Gabinete, Comunicação, Segurança Pública e Administração; Ouvidoria e Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim (ECOS), dentre outros órgãos municipais.  O objetivo é fortalecer as ações de prevenção de casos graves e eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti em toda a cidade.

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De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram notificados no município 8.192 casos prováveis de dengue, sendo 2.380 casos já confirmados. Um óbito foi confirmado como dengue grave.  As regionais com maior incidência são Alterosas, Norte e Imbiruçu.

O município passa por uma epidemia de dengue e o governo municipal está tomando diversas medidas para o controle dos focos do Aedes aegypti e tratamento dos pacientes. Os agentes de Combate a Endemias (ACE), ligados ao Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE) da SMS, estão visitando os imóveis do munícipio, orientando a população e removendo os focos do mosquito.

Mutirões de limpeza, com recolhimento de inservíveis e vedação de depósitos de água, como tambores e caixas d’água, têm sido intensificados em toda a cidade. Outra medida tomada é a aplicação de inseticida por UBV leve e pesado (fumacê) nas regiões com maior registro de casos de dengue.

Reforço nas ações

A SMS solicitou à Secretaria de Estado da Saúde o envio de 30 agentes de endemias para reforçar o trabalho das equipes municipais em Betim, além da solicitação de suporte de insumos e medicamentos, que tiveram aumento na dispensação devido à epidemia dos casos de dengue. A administração municipal está aguardando a liberação desses profissionais por parte do governo de Minas, para ajudar no trabalho preventivo nos bairros com maior número notificações.

A partir da próxima semana, as residências sem moradores e lotes vagos terão os portões abertos para inspeção dos focos e posterior fechamento por profissional chaveiro. A medida tem respaldo na Lei Nº 13.301, de 27 de junho de 2016, e no Decreto Municipal Nº 26.882, que autorizam o arrombamento desses imóveis, para que os focos sejam eliminados. A Prefeitura bancará o custo dos serviços para abrir e voltar a trancar a residência.

Outra medida adotada, por meio da Diretoria de Urgência e Emergência, em parceria com o Hospital Evangélico, é o reforço no atendimento médico para os casos de dengue. Cinco médicos começaram a atuar na última segunda-feira, 11; um em cada uma das quatro Unidades de Urgência e Emergência (UPA’s) do município e na Central de Hidratação Venosa, que funciona na Clínica da Asmube, no bairro Espírito Santo – até essa terça-feira, 12, 2.342 pessoas já haviam sido atendidas no local. A contratação de mais médicos para a assistência aos casos de dengue acontecerá até o final de março, com a carga horária de seis horas diárias.

Participação popular

Mais de 80% dos focos do Aedes aegypti estão dentro de casas. Os maiores focos estão nas residências, onde foram encontrados reservatórios passíveis de remoção, como prato de vaso de planta, bebedouro de animal etc. Isso tornar importante que a população participe também de forma efetiva nas ações preventivas, eliminando completamente os focos em suas  residências, e sendo parceira do governo municipal nas ações de conscientização.

Além disso, medidas de proteção individual também devem ser tomadas para evitar a picada do mosquito, como o uso de repelentes e a utilização de telas nas janelas, camas e berços.

Em caso de suspeita de dengue e apresentando sintomas como febre alta, fortes dores de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, extremo cansaço, moleza e dores no corpo, náuseas e vômitos, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima ou a Unidade de Hidratação Venosa.