Betim também prioriza combate à dengue durante pandemia

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Saúde chama a atenção da população para ajudar a eliminar os focos do mosquito  

Anselmo UBL

Com a maioria da população preocupada com a ameaça do coronavírus, muitas pessoas estão se esquecendo de combater a dengue. No entanto, mesmo diante da pandemia, é necessário que os moradores cuidem de seus terrenos, não acumulem lixo e água parada e recebam os Agentes de Combate a Endemias (ACE), responsáveis por verificar se há focos do mosquito e orientar sobre como eliminar os focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Nilvan Baeta, a Prefeitura tem feito a sua parte, mas também precisa da coparticipação da população. “Por medo de se contaminar com o coronavírus, algumas pessoas têm evitado receber a visita dos ACEs. Mas é extremamente importante que as pessoas atendam os agentes em suas casas. Eles estão seguindo todas as medidas de proteção necessárias para evitar a propagação do coronavírus”, afirma.

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Os ACEs chegam às residências devidamente identificados, utilizando máscaras e portando desinfetante para as mãos à base de álcool 70%. Além disso, os agentes mantém o distanciamento mínimo de dois metros das pessoas presentes no momento da visita. E, caso o responsável pelo imóvel no momento da atividade tenha idade superior a 60 anos, eles não realizam a visita e passam as orientações por meio do interfone.

Vale destacar também que as atividades dos ACEs não são realizadas dentro do domicílio. Neste momento, as visitas estão limitadas apenas à área peri domiciliar, ou seja, frente, lados e fundo dos terrenos. Além de verificar se há focos do Aedes aegypti, os agentes estimulam o autocuidado da população sobre as ações de remoção mecânica dos criadouros do mosquito e outras medidas de prevenção.

Segundo Nilvan, Betim registrou um pequeno aumento de novos casos de dengue entre os meses de março e maio. “Este aumento é pequeno em termos populacionais e pouco se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando Betim já registrava mais de 30.000 casos confirmados da doença”, explica.

Mas a população não pode descuidar do combate ao mosquito, pois o índice de infestação do Aedes continua alto. “A circulação do mosquito é diferente da circulação do vírus na população. É fundamental continuar combatendo o mosquito, para evitar outras doenças, como chikungunya e zica e evitar outra epidemia no próximo ano”, destaca o diretor.

Dados da dengue


Segundo dados da Diretoria de Vigilância em Saúde, até o início de março deste ano, havia somente 24 casos confirmados de dengue em Betim. Atualmente, até 11 de maio, há 162 casos. No mesmo período do ano passado, quando o município enfrentou uma epidemia da doença, havia 37.843 casos confirmados.

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