
A Prefeitura de Betim deu início nesta semana ao projeto “Paraopeba Vivo – Mananciais Protegidos”, uma iniciativa pioneira no município voltada à revitalização ambiental e ao uso adequado de áreas ribeirinhas ocupadas irregularmente e com histórico de inundações. O projeto teve sua primeira implantação na Rua da Pedreira, no bairro Colônia Santa Isabel, região do Citrolândia, em um território de 3.318,71 metros quadrados.
No local, será criada uma Reserva Pública Ecológica (RPE), um espaço sustentável e estruturado com materiais permeáveis. A área contará com academia ao ar livre, playground, trilhas ecológicas e outros atrativos, promovendo segurança aos moradores, urbanização da região, lazer para a comunidade e preservação ambiental.
Para viabilizar a RPE, a prefeitura retirou as famílias que viviam na área de risco e iniciou, na última segunda-feira (24), a demolição de 27 imóveis irregulares. Os moradores foram indenizados e incluídos no Programa de Auxílio Habitacional do município.
A estrutura da reserva foi projetada para suportar chuvas intensas sem danos, contando com infraestrutura permeável e um projeto paisagístico que garantirá a estabilidade do solo e a proteção da biodiversidade. Espécies nativas como ipê-do-brejo, hibisco e costela-de-adão serão plantadas para auxiliar no controle da umidade e evitar erosões.
O espaço contará com trilhas ecológicas para pedestres e ciclistas, academia ao ar livre, playground com piso emborrachado, coreto de seis metros de diâmetro para eventos culturais, bicicletário com 34 suportes e bancos de concreto. Além disso, serão implantados “jardins de chuva”, que ajudarão na drenagem da água pluvial, prevenindo enchentes e contribuindo para a recarga do lençol freático.
De acordo com o prefeito de Betim, Heron Guimarães, autor do projeto, a iniciativa é um marco na recuperação de mananciais na cidade. “A Rua da Pedreira está ao lado do Córrego Bandeirinhas, próximo à confluência com o rio Paraopeba, uma região mapeada pela Defesa Civil como área de risco permanente. O projeto atua em diferentes frentes, incluindo preservação ambiental, controle de ocupações irregulares, mitigação de riscos e urbanização, garantindo melhor qualidade de vida para a população”, afirmou.
Guimarães ressaltou que o projeto foi desenvolvido de forma multissetorial, garantindo que a RPE resista a condições climáticas adversas. “Toda a construção será feita com materiais permeáveis, que poderão ser facilmente recuperados após chuvas intensas. Trata-se de um importante avanço que pretendemos expandir para outras áreas ribeirinhas da cidade”, concluiu.
