Igarapé tem projeto selecionado e receberá R$ 800 mil para ações ambientais

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Meio Ambiente. Esta não é a primeira vez que a cidade tem um de seus projetos socioambientais reconhecidos nacionalmente.

A compostagem é uma alternativa tecnológica de reciclagem de recursos orgânicos ainda pouco explorada no Brasil, mas que significa economia aos cofres públicos, redução do lixo descartado e, consequentemente, maior qualidade ambiental. Pensando nisso, e em tantos outros benefícios que esta prática pode trazer, a Prefeitura de Igarapé participou da seleção de projetos do Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Socioambiental Caixa, com o objetivo de financiar projetos integrados de segregação na fonte e reciclagem da fração orgânica de resíduos sólidos, em municípios ou consórcios públicos intermunicipais.

Apenas 11 projetos foram selecionados em todo o país. Igarapé foi a única cidade aprovada no estado de Minas Gerais ficou classificada em oitavo lugar. A proposta, elaborada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, apresentou histórico e documentação comprobatória de experiências em execução de projetos com entidades financiadoras, experiência na prática de gestão de resíduos, na área de abrangência do projeto e com o público beneficiado, além de uma extensa e detalhada descrição da proposta de desenvolvimento e aplicação dos recursos.

O valor total do programa, que será denominado “Recicla Mais Igarapé”, e tem previsão de ser iniciado em março deste ano, é de R$837 mil, sendo a contrapartida do município de pouco mais de R$32 mil. Os recursos serão aplicados na aquisição de equipamentos e veículos, ampliação da coleta seletiva e domiciliar, implantação de um pátio de compostagem em Igarapé, realização de oficinas, educação ambiental nas escolas, visitas domiciliares para conscientização da população sobre a destinação correta dos resíduos e treinamento da equipe envolvida. Ao todo, serão 12.596 famílias beneficiadas.

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Colocando em prática

Atualmente, em Igarapé, a coleta é realizada em duas frações: recicláveis secos e rejeitos. A proposta é ampliar a segregação para mais uma fração, os orgânicos, por meio da compostagem. O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

A população receberá treinamento para aprender a realizar a compostagem na sua casa, podendo comercializar o material, ou utilizar no próprio jardim ou horta. A estimativa é que 13 toneladas por mês de resíduos sejam reaproveitadas por meio dessa prática.  Os resíduos de podas realizadas pela Secretaria de Meio Ambiente, cerca de 19,84m3 por mês, passarão pelo processo e serão utilizados em praças e jardins públicos, além de ser distribuídos a produtores rurais do município.

Com a fração dos resíduos sólidos, será possível obter matéria prima de qualidade para a reciclagem, tanto de resíduos secos, ampliando a atuação da Associação de Parceiros do Meio Ambiente (Apaig), quanto de resíduos orgânicos, diminuindo a quantidade descartada e fomentando a compostagem. A implantação do projeto representa maior aproveitamento dos resíduos, melhora na qualidade ambiental e economia para os cofres da Prefeitura, que deixará de alugar equipamentos e ainda reduzirá a quantidade de resíduos, pagando menos pela destinação deste lixo ao aterro sanitário.

Clique aqui e confira a relação de cidades selecionadas pelo Ministério do Meio Ambiente