Médicos foram contratados, farmácias abastecidas e nova estrutura criada
para desemperrar procedimentos hospitalares
O primeiro semestre teve saldo positivo na saúde pública de Contagem. Em 1º de janeiro, o sistema foi encontrado completamente desestruturado, desabastecido de insumos, com déficit de recursos humanos e grandes filas por consultas, exames e cirurgias. Ao final de junho, mutirões acabaram com a espera de até três anos por esses procedimentos, as farmácias foram abastecidas, médicos contratados, leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) reabertos e enfermarias ampliadas.
Com isso, foi possível retirar pacientes dos corredores do Hospital Municipal José Lucas Filho, onde eles estavam sendo atendidos. Em março, dez leitos de CTI, que estavam interditados desde 2016, foram reabertos na instituição, com investimento de R$ 800 mil. Mais R$ 250 mil são revertidos mensalmente para os recursos humanos necessários para o setor, que voltou a funcionar com capacidade máxima, ou seja, 28 leitos, contribuindo para desafogar as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).
Com mais leitos de CTI, procedimentos cirúrgicos que tinham sido desmarcados no ano passado foram reagendados. Em janeiro, foram reabertas agendas para marcação de cirurgia geral e de ortopedia. Em fevereiro, para as de mão, cabeça e pescoço, neurologia, proctologia e ginecologia.
Com investimento de R$ 270 mil, reformas e readequações estruturais vão dobrar a capacidade de atendimento nas enfermarias do Hospital Municipal. Ao final das mudanças, previstas para terminar até o fim deste ano, o número de vagas vão passar de 48 para 95 (98%).
O número de partos vem aumentando desde janeiro na Maternidade Juventina Paula de Jesus, chegando a 342 em maio, 125% a mais que em dezembro de 2016, quando 152 mães deram à luz no local.
Contratação de médicos
Desde janeiro foram contratados 64 médicos, 19 enfermeiros e 52 técnicos em enfermagem. Com essas novas contratações, a rede de saúde do município passou a contar com 690 médicos, 408 enfermeiros e 767 técnicos em enfermagem.
Para reabastecer as 16 farmácias distritais foram investidos R$ 4,5 milhões na aquisição imediata de remédios. O déficit na lista da Relação Municipal de Medicamentos (Remume) caiu de 54%, em janeiro, para 10,7%, em junho.
Contratação de médicos
Desde janeiro foram contratados 64 médicos, 19 enfermeiros e 52 técnicos em enfermagem. Com essas novas contratações, a rede de saúde do município passou a contar com 690 médicos, 408 enfermeiros e 767 técnicos em enfermagem.
Para reabastecer as 16 farmácias distritais foram investidos R$ 4,5 milhões na aquisição imediata de remédios. O déficit na lista da Relação Municipal de Medicamentos (Remume) caiu de 54%, em janeiro, para 10,7%, em junho.
O Grupo Santa Casa passou a fazer os exames laboratoriais da rede SUS/Contagem. O contrato, no valor de R$ 6 milhões, prevê a instalação de 16 pontos de coleta, quatro a mais do que era oferecido pelo antigo prestador do serviço. Os oito primeiros começaram a funcionar. Na primeira semana do novo laboratório, mil exames foram feitos.
“Tivemos grandes avanços, se considerarmos que a Saúde estava muito sucateada. Só no Complexo Hospitalar, que engloba o hospital e a maternidade, foram investidos cerca de R$ 2 milhões. Estamos trabalhando muito para que tudo funcione de forma plena”, destaca o secretário Municipal de Saúde, Bruno Diniz.
Mutirões encerram espera
Com a criação de mutirões, foram zeradas filas para consultas de pacientes com glaucoma. Os que aguardavam procedimentos ortopédicos, além de mulheres que esperavam por exames preventivos ginecológicos, também comemoraram a agilidade nos serviços.
No início do ano, cerca de 1.100 pessoas aguardavam na fila para agendamento de consulta e tratamento de glaucoma. De março a maio, todas receberam o atendimento médico e, em alguns casos, foram encaminhadas para tratamento da doença.
Consultas ortopédicas são agendadas inclusive aos sábados e domingos no Hospital Municipal. Desde maio, 1.200 atendimentos já foram feitos. Nos primeiros seis meses deste ano foram criados seis mutirões para exames ginecológicos, com uma média de 270 atendimentos em cada um.
Em junho, as endoscopias, que tinham sido interrompidas em 2016, voltaram a ser feitas no Hospital Municipal.