Com maior queijo do mundo, Governo de Minas encerra homenagens aos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal

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Gil Leonardi

O Governo de Minas Gerais encerrou neste domingo (15) as celebrações oficiais de 2024 pelo reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A cerimônia contou com a presença do governador Romeu Zema e do vice-governador Professor Mateus e foi realizada em frente à Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte.

O ponto alto do evento foi a apresentação do maior queijo do mundo, produzido em Ipanema, no Vale do Rio Doce. A iguaria, que prestou homenagem aos produtores e à tradição do Queijo Minas Artesanal, foi cortada e distribuída aos visitantes. “É uma felicidade enorme para nós mineiros que apreciamos tanto esse produto que está sempre presente nas nossas casas e mesas. Um brinde para Minas Gerais e o meu reconhecimento ao trabalho de todos os envolvidos nessa conquista, principalmente aos produtores de queijo artesanal, que são os grandes protagonistas”, destacou o governador Romeu Zema.

Valorizando a tradição mineira

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Gil Leonardi

O evento ressaltou a importância das práticas artesanais que preservam os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal, passados de geração para geração nas dez regiões produtoras reconhecidas. Além disso, promoveu o turismo de experiência, incentivando visitantes a conhecerem as queijarias, os processos de produção sustentável e as paisagens culturais que tornam o queijo um dos maiores símbolos de Minas Gerais.

“Não estamos falando de um queijo único, mas do jeito mineiro de fazer queijo. Temos hoje dez regiões que possuem reconhecimento de origem, o que demonstra nosso compromisso em proteger essa tradição e a mineiridade. O que a Unesco reconheceu é que o queijo produzido em Minas Gerais carrega a essência do mineiro, levando com ele um pedaço de Minas a cada lugar em que é servido”, reforçou o vice-governador Professor Mateus.

Programação cultural e musical

A celebração também contou com a apresentação do violinista e compositor Marcus Viana, que interpretou a canção “Pátria Minas”, escolhida como a música oficial das homenagens. A programação foi realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).

A decisão da Unesco de reconhecer os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal foi tomada em 4 de dezembro, durante reunião em Assunção, Paraguai. Este é o primeiro produto da cultura alimentar do Brasil incluído na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

“Esse reconhecimento é tão importante porque não são mais do que dez alimentos no mundo que possuem esse título, sendo o queijo mineiro o único do Brasil. Minas Gerais lidera com folga o número de patrimônios mundiais em nossas terras, reforçando a centralidade do nosso estado, da nossa gente e da mineiridade”, enfatizou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Encerramento de uma agenda especial

O evento marcou o desfecho de uma agenda diversificada e descentralizada realizada ao longo de dezembro em diversas regiões do estado. Em Belo Horizonte, a programação incluiu a apresentação de Marcus Viana e do Coro Sinfônico do Palácio das Artes na varanda do Palácio da Liberdade, além de uma feira da Emater-MG, reunindo mais de 20 produtores de queijos artesanais. Espetáculos de drones iluminaram os céus da capital e de cidades das dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal, projetando imagens de queijos, montanhas e outros símbolos da cultura mineira.

Entre 5 e 8 de dezembro, o Governo de Minas também promoveu uma imersão nas dez regiões produtoras, com a participação de 80 jornalistas de todo o país, que puderam vivenciar de perto os processos de produção e a riqueza cultural por trás do Queijo Minas Artesanal.