Betim inicia desassoreamento de canais

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Ações preventivas visam minimizar transtornos no período chuvoso

A Prefeitura de Betim, por meio da Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim (ECOS), deu início na última segunda-feira, 9, aos trabalhos de desassoreamento dos córregos – retirada de resíduos sólidos do fundo do leito do córrego com o auxílio de máquinas. A ação é uma das medidas preventivas adotadas para minimizar o impacto das águas das chuvas, além de ajudar na prevenção de doenças como a dengue, leptospirose, febre amarela, zika e chikungunya.

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O córrego da avenida Yeocaba, na região do Icaivera, foi o primeiro a receber os trabalhos. Cerca de 252 toneladas de resíduos estão sendo retirados diariamente do local. A previsão é que, até o fim desta semana, sejam recolhidas 1.764 toneladas de detritos. De acordo com o gerente da regional Icaivera Hugo Leonardo, outros pontos serão contemplados. “Após a conclusão dos trabalhos, os córregos da avenida Taparapé e Yete (córrego Água Suja) receberão os serviços de desassoreamento e limpeza manual – capina, roçada e retirada de lixos. Além dos córregos, temos mantido o trabalho rotineiro de recolhimento de entulho, limpeza e capina das ruas da região”, informou.

As ações na regional Norte também já foram iniciadas. Os córregos do Parque Batismal e Ecológico Pastor José Alexandre Haméz, Teixeirinha e Bibocas, no bairro Nossa Senhora das Graças, passaram pelo processo de desassoreamento. Cerca de 60 toneladas de resíduos foram retiradas do leito dos mesmos. No Citrolândia, o córrego Goiabinha, que apresentava no passado um histórico de problemas relacionados à falta de desassoreamento, já teve parte de sua extensão canalizada e o trecho onde as obras ainda não foram iniciadas está recebendo um trabalho preventivo de limpeza. Um trabalho educativo de prevenção contra a dengue também tem sido executado na região. A gerência regional, em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses, promoveu o treinamento de diretores das escolas sobre ações preventivas que cada cidadão pode realizar em sua casa. O tema vem sendo trabalhado com os alunos que se tornaram multiplicadores da ação em suas comunidades.

O Centro de Controle de Zoonoses instalou ainda em pontos distintos da região do Citrolândia algumas armadilhas para a captura e monitoramento de mosquitos, as ovitrampas. Esse equipamento simula o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti. Assim, os técnicos conseguem observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate, sem que o inseto se desenvolva.

Os trabalhos de limpeza e prevenção serão executados em todas as regiões da cidade até o início do período chuvoso, de acordo com um cronograma previamente estabelecido. “Essas ações são permanentes, executadas durante todo o ano e intensificada nos meses que antecedem as fortes chuvas”, explicou a presidente da ECOS Marinésia Makatsuru. “Vale ressaltar também a importância da colaboração da população nesse processo de limpeza e conservação da nossa cidade. Recolhemos diariamente uma quantia expressiva de entulhos e lixo descartados incorretamente por todo o município que, além de onerar os cofres públicos, ainda causa transtornos como entupimento de bueiros, enchentes e favorece a proliferação de doenças. Se cada um cuidar corretamente de seu resíduo, nossa cidade vai ficar mais limpa, bonita e livre de determinadas doenças”, concluiu.

PMB/ECOS